Um navio-tanque com 19 tripulantes a bordo chegou a um porto em Togo depois de desaparecer por mais de uma semana em um suspeito seqüestro na costa oeste da África, informou a agência nesta sexta-feira.
A agência Ialkani e os gerentes do navio perderam a comunicação com Pantelena, registrada no Panamá, em 14 de agosto, quando ficava a 27 km do porto de Libreville, no Gabão.
Dois nacionais russos e 17 georgianos estavam a bordo do navio, um petroleiro de dupla finalidade para petróleo ou produtos químicos, gerido pela Lotus Shipping, sediada em Atenas. A empresa não deu mais detalhes sobre a carga ou tripulação.
"Nosso pessoal está vivo e bem. O navio já está no porto de Lomé (capital do Togo) e logo os representantes de nossa companhia vão encontrá-los", disse o chefe da Ialkani, Anzhela Oganesyan.
"Estou quase certo de que este foi um ataque de piratas."
Vladimer Konstantinidu, vice-chefe do departamento de consulado do Ministério das Relações Exteriores da Geórgia, disse que o ministério ainda não conseguiu se comunicar com a tripulação, mas não descartou a possibilidade de o petroleiro ter sido sequestrado.
Embora a pirataria tenha diminuído em todo o mundo, especialmente na costa da Somália, um foco de sequestro há uma década, o Golfo da Guiné da África Ocidental se tornou um alvo crescente para os piratas que roubam cargas e demandam resgates.
Os navios no Golfo da Guiné foram alvo de uma série de ataques piratas no ano passado, de acordo com um relatório do Bureau Internacional Marítimo (IMB), que destacou as águas da África Ocidental como uma área de preocupação crescente.
Dez seqüestros envolvendo 65 tripulantes ocorreram em águas da Nigéria ou em seus arredores, disse o IMB. Globalmente, 16 embarcações relataram serem atacadas, sete das quais no Golfo da Guiné.
(Escrita por Alessandra Prentice; Edição por Aaron Ross e Jan Harvey)