O governo da Argentina disse na quinta-feira que há planos para um investimento de US$ 550 milhões para construir um novo porto na região de Rosário, um importante centro agrícola que movimenta mais de 80% das exportações agrícolas e agroindustriais do país sul-americano.
O governo não deu detalhes sobre a origem dos fundos, mas uma fonte da câmara de exportadores e processadores de grãos CIARA-CEC disse à Reuters, sob condição de anonimato, que a operadora portuária local Terminales y Servicios SA, que já administra três portos, estava fazendo o investimento.
A Reuters não conseguiu entrar em contato com ninguém da Terminales y Servicios SA para comentar. A Secretaria de Bioeconomia, que faz parte do Ministério da Economia, não quis comentar.
A Argentina é um dos dois maiores exportadores mundiais de óleo e farelo de soja e o terceiro maior exportador de milho. As margens do rio Paraná, que desce até Buenos Aires, estão repletas de portos para embarque de grãos em navios com destino ao mundo todo.
“Estamos anunciando um investimento para a construção de um novo porto agroindustrial em Timbués, no rio Paraná”, disse o porta-voz da presidência, Manuel Adorni, em entrevista coletiva, referindo-se a uma cidade a cerca de 50 quilômetros ao norte da cidade. de Rosário.
“O investimento será de cerca de US$ 550 milhões. A construção começará neste mês”, disse, sem dar mais detalhes.
Empresas como Bunge, Cargill e Louis Dreyfus já possuem terminais de carga e descarga de grãos na região.
As colheitas de soja e milho 2023/24 da Argentina devem começar no próximo mês. A Bolsa de Rosário estima que as colheitas renderão 49,5 milhões de toneladas de soja e 57 milhões de toneladas de milho.
($ 1 = 1,7867 marcos)
(Reuters - Reportagem de Lucila Sigal e Maximilian Heath; escrito por Kylie Madry; editado por Kirsten Donovan e Nia Williams)