A linha de navegação alemã Hapag-Lloyd suspendeu um dos dois serviços de alimentação para o Irã e decidirá sobre o restante antes do prazo de 4 de novembro imposto pelos Estados Unidos, que restabeleceu as sanções a Teerã.
A Hapag-Lloyd, com sede em Hamburgo, a quinta maior empresa de contêineres do mundo, anunciou que iniciou um processo para interromper o manuseio de produtos incluídos na lista de commodities atingidas por sanções dos EUA, dentro do cronograma necessário.
O grupo disse que não tem nenhum serviço direto para lidar com os volumes do Irã, dizendo que usou parceiros.
"Um desses dois serviços foi descontinuado, e o outro sob revisão", disse a Hapag Lloyd em uma resposta por escrito às perguntas da Reuters.
A empresa disse que a empresa está aguardando novos esclarecimentos sobre quais operações serão permitidas após o período de desaceleração, a fim de tomar as decisões finais sobre se deve servir o Irã.
A MSC, segunda maior linha de transporte marítimo de contêineres do mundo, disse no mês passado que deixaria de fazer novas encomendas para o Irã, mas completaria cargas aceitáveis como alimentos durante o período de desaceleração.
A líder mundial do mercado, Maersk Line, também disse que está revendo suas operações no Irã.
A Hapag-Lloyd, como as outras duas empresas, atende o Irã através de navios alimentadores terceirizados do hub de Jebel Ali, nos Emirados Árabes Unidos.
Sob um acordo de 2015, os Estados Unidos e cinco outras potências mundiais concordaram em suspender as sanções ao Irã em troca de limites para o programa nuclear de Teerã. Washington disse que este ano se retiraria do acordo e voltaria a impor sanções.
O Irã depende do comércio marítimo para importações e para vender petróleo e outros bens. O país havia lutado com dificuldades logísticas antes que as sanções internacionais fossem levantadas em 2016.
(Reportagem de Vera Eckert em Frankfurt e Jonathan Saul em Londres Edição de Edmund Blair)